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terça-feira, 16 de outubro de 2012

DESCULPE-ME SENHOR!



Dias passados estive refletindo sobre a real condição de nossos cultos e a única coisa que me veio em mente foi: Deus deve sofrer muito ao observá-los. Afinal de contas, Ele é Onipresente, logo, não pode deixar de estar nestas celebrações. Ele está por uma necessidade de Sua natureza, e não por opção de Sua Vontade. Mesmo se fosse possível Ele não se encontrar em muitos desses cultos, não deixaria de saber o que lá acontece, pois como sabemos, Ele é Onisciente.

Orgulhamo-nos por não termos imagens em nossas igrejas. Mas não nos envergonhamos pelo aumento constante da irreverência de nossos membros. Conversamos constantemente durante o culto. Atendemos o celular com a maior naturalidade. Anda-se de um lado para o outro em um fluxo maior que a cinquentenário em época de natal. Sem falar que adicionamos um novo motivo para orarmos durante o culto: oramos não para falarmos com Deus, mas para impedir que o auditório veja os ajustes no som ou demais aparelhos.

Grupos de coreografia, teatro e ministério de louvor discutem sobre quem têm a prioridade no ensaio. Mas, como sempre, no culto dá-se um show de encenação teatral, com a mesma sinceridade de um ator em cena. Ainda temos a audácia de declararmos: quantos estão sentindo a presença de Deus? E como sempre todos dizem “amém”.

Declara-se em público que Deus é santo ao mesmo tempo em que se anula secretamente Sua santidade com práticas pecaminosas. Em outras palavras, queremos nos aproximar de Deus com nossos lábios em um culto – culto este de domingo à noite – enquanto nos afastamos Dele com nossos corações no decorrer da semana. Os “adoradores”, ou baal-ladores, não querem reconhecer que onde há lugar para o pecado não haverá espaço para Jesus.

Se não houver uma real mudança em nossos padrões de adoração, as celebrações culticas continuarão tendo a consistência de uma bolha de sabão, que existe por um breve momento somente enquanto é vista, mas que se desfaz ao mais leve toque de uma mão. 

Com tudo isto, como não pedir desculpas ao SENHOR, que constantemente tem de suportar isto que chamamos de culto? Veja Isaias 1.11-14.

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