Dias
passados estive refletindo sobre a real condição de nossos cultos e a única
coisa que me veio em mente foi: Deus deve sofrer muito ao observá-los. Afinal
de contas, Ele é Onipresente, logo, não pode deixar de estar nestas
celebrações. Ele está por uma necessidade de Sua natureza, e não por opção de
Sua Vontade. Mesmo se fosse possível Ele não se encontrar em muitos desses
cultos, não deixaria de saber o que lá acontece, pois como sabemos, Ele é Onisciente.
Orgulhamo-nos por não termos imagens em
nossas igrejas. Mas não nos envergonhamos pelo aumento constante da
irreverência de nossos membros. Conversamos constantemente durante o culto.
Atendemos o celular com a maior naturalidade. Anda-se de um lado para o outro
em um fluxo maior que a cinquentenário em época de natal. Sem falar que
adicionamos um novo motivo para orarmos durante o culto: oramos não para
falarmos com Deus, mas para impedir que o auditório veja os ajustes no som ou
demais aparelhos.
Grupos de coreografia, teatro e
ministério de louvor discutem sobre quem têm a prioridade no ensaio. Mas, como
sempre, no culto dá-se um show de encenação teatral, com a mesma sinceridade de
um ator em cena. Ainda temos a audácia de declararmos: quantos estão sentindo a
presença de Deus? E como sempre todos dizem “amém”.
Declara-se em público que Deus é santo
ao mesmo tempo em que se anula secretamente Sua santidade com práticas
pecaminosas. Em outras palavras, queremos nos aproximar de Deus com nossos
lábios em um culto – culto este de domingo à noite – enquanto nos afastamos
Dele com nossos corações no decorrer da semana. Os “adoradores”, ou baal-ladores, não querem reconhecer que
onde há lugar para o pecado não haverá espaço para Jesus.
Se não houver uma real mudança em
nossos padrões de adoração, as celebrações culticas continuarão tendo a
consistência de uma bolha de sabão, que existe por um breve momento somente
enquanto é vista, mas que se desfaz ao mais leve toque de uma mão.
Com tudo isto, como não pedir desculpas
ao SENHOR, que constantemente tem de suportar isto que chamamos de culto? Veja
Isaias 1.11-14.
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